As bombas são dispositivos que transferem energia a um líquido para facilitar seu movimento. Essa energia está diretamente relacionada à rotação do motor que aciona a bomba. O sistema completo, composto por esses elementos, é conhecido como bomba, e quando acoplado a um motor, passa a ser chamado de motobomba. Embora amplamente utilizadas na indústria, essas máquinas também oferecem várias vantagens em aplicações domésticas.

A seguir, vamos te mostrar tudo sobre motobombas! Vamos lá?

O que é uma motobomba

A motobomba é um equipamento projetado para mover água ou outros líquidos de um local para outro de forma eficiente. Ela pode ser acionada por diferentes tipos de motores, como elétrico, a gasolina, a diesel, e há também modelos que utilizam roda d’água para impulsão. Essa versatilidade torna a motobomba útil em diversas situações, tanto em ambientes residenciais quanto industriais. Suas aplicações incluem:

  • Transferência de água: ideal para esvaziar piscinas, encher ou esvaziar caixas d’água, e outros reservatórios.
  • Irrigação agrícola: fundamental em plantações, permitindo que a água seja distribuída de maneira uniforme.
  • Uso industrial: adequada para o bombeamento de diversos fluidos, facilitando processos de produção e manutenção em fábricas.

Além dessas, a motobomba também pode ser empregada em drenagem de áreas alagadas, abastecimento de cisternas, e até mesmo em sistemas de combate a incêndios. A diversidade de modelos permite escolher o tipo mais adequado de acordo com as necessidades específicas de cada aplicação, tornando o equipamento extremamente versátil e indispensável em várias áreas.

Diferença entre bomba e motobomba

A principal diferença entre bomba e motobomba está na presença de um motor acoplado. Enquanto a bomba é o dispositivo responsável por mover líquidos de um lugar para outro, a motobomba é uma combinação da bomba com um motor que a aciona. Isso torna a motobomba um equipamento completo, pronto para funcionar sem a necessidade de um acionador externo.

A bomba é um equipamento simples, que precisa de uma fonte de energia externa, como um motor elétrico ou a combustão, para funcionar. Seu uso é comum em indústrias, agricultura e outros setores onde já há infraestrutura de energia para acionar o equipamento.

Por outro lado, a motobomba já vem com o motor integrado. Dependendo do modelo, a motobomba pode ser movida por eletricidade, gasolina, diesel ou até roda d’água, o que permite seu uso em locais remotos ou sem acesso fácil à rede elétrica. Isso a torna ideal para aplicações como irrigação em fazendas, drenagem de água em construções e movimentação de grandes volumes de líquidos.

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Tipos de motobombas e suas aplicações

Motobombas centrífugas

As motobombas centrífugas são mais utilizadas em ambientes domésticos. Elas são ideais para bombear água limpa, ou outros líquidos, atingindo uma ampla variedade de alturas, oferecendo maior vazão com pressão mais baixa. Essas bombas se dividem em dois principais tipos:

  • Monoestágio: Esse modelo é projetado para transferir líquidos a uma altura de até 40 metros, com uma vazão média que varia entre 2 a 3 m³ por hora. É uma escolha eficiente para aplicações que não exigem grandes alturas, como a movimentação de água em sistemas residenciais, poços rasos ou para abastecimento de caixas d’água.
  • Multiestágio: Por outro lado, o modelo multiestágio é capaz de alcançar alturas muito maiores, podendo bombear líquidos para até 340 metros. Sua vazão também é consideravelmente maior, com capacidade de movimentar até 70 m³ por hora, dependendo do modelo. Isso faz com que seja uma excelente opção para aplicações que exigem alta pressão e grandes volumes de água, como em sistemas de irrigação extensiva, prédios altos ou em áreas onde é necessário um abastecimento eficiente de grandes reservatórios.

Esses dois tipos de motobombas oferecem versatilidade para diferentes situações, permitindo que o usuário escolha o modelo mais adequado às suas necessidades, seja para usos domésticos, comerciais ou industriais.

Motobombas peristálticas

As motobombas peristálticas utilizam um princípio de funcionamento completamente diferente, baseado no movimento de um tubo flexível. Elas operam por compressão e relaxamento do tubo, empurrando o líquido ao longo do caminho. Esse tipo de bomba é ideal para líquidos sensíveis, abrasivos ou de alta viscosidade, pois o fluido não entra em contato direto com as partes da bomba, reduzindo o risco de contaminação. As motobombas peristálticas são usadas em processos industriais que exigem precisão, como a dosagem de produtos químicos e a movimentação de líquidos viscosos.

Motobombas de diafragma

As motobombas de diafragma são conhecidas por sua capacidade de bombear líquidos de alta viscosidade ou com partículas sólidas suspensas. Elas utilizam um diafragma flexível que se movimenta para criar vácuo e pressão, permitindo que o líquido seja aspirado e bombeado. Este modelo é muito usado em situações onde é necessário manusear líquidos agressivos, químicos corrosivos, lodo ou água suja. Além disso, por não terem peças móveis em contato direto com o líquido, são extremamente confiáveis e seguras para uma variedade de aplicações industriais e agrícolas.

Motobombas submersíveis

A motobomba submersível deve ser utilizada estando completamente submersa em água para funcionar corretamente, mas, após o uso, é importante guardá-la em um local seco e protegido para prolongar sua vida útil. Essas bombas são mais robustas e potentes, tornando-as ideais para tarefas que exigem maior capacidade de bombeamento.

Seu uso é recomendado para a limpeza de reservatórios de água, remoção de grandes volumes de água de poços ou lagos, drenagem de áreas inundadas e esvaziamento de piscinas. Graças à sua capacidade de operar em profundidades e manusear líquidos em grandes quantidades, as bombas submersíveis são extremamente eficientes em situações de emergência, como inundações, ou em aplicações industriais e agrícolas que requerem transporte rápido de água.

Motobomba periférica

Esse tipo de motobomba possui menor capacidade de vazão quando comparado a outros modelos, mas se destaca por oferecer uma pressão maior do que as bombas centrífugas. Por essa razão, a motobomba periférica não é recomendada para uso em áreas muito profundas, limitando-se a profundidades de até oito metros. Sua instalação ocorre sempre acima do nível do solo, o que a torna indicada para situações onde não há necessidade de bombeamento a grandes profundidades.

A motobomba periférica é ideal para a transferência de água limpa e livre de impurezas, sendo bastante eficiente em aplicações como abastecimento de caixas d’água, pequenas redes de irrigação e sistemas de pressurização em residências. Devido à sua capacidade de gerar alta pressão com menor volume de água, é uma excelente escolha para locais onde a pressão constante é mais importante que a quantidade de líquido transportado, como em sistemas de chuveiros pressurizados ou pequenas fontes.

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Como escolher a motobomba ideal

Para escolher a motobomba de forma segura, é essencial prestar atenção a algumas informações importantes presentes na ficha técnica fornecida pelos fabricantes. Abaixo, explicamos alguns conceitos que ajudarão na escolha:

  • Metros de coluna d’água (m.c.a.): Essa é uma unidade de medida de pressão utilizada para dimensionar a motobomba. Representa a pressão que a água exerce sobre uma determinada altura. Por exemplo, 1 m.c.a. equivale a 1 metro de altura, ou seja, a água exerce a mesma pressão que se desloca verticalmente por essa distância.
  • Altura de recalque: Também conhecida simplesmente como “recalque”, refere-se à altura entre a tubulação e o ponto final, como uma caixa d’água ou reservatório, para onde a água precisa ser transportada. Essa medida é expressa em m.c.a. e é fundamental para calcular o desempenho da motobomba.
  • Vazão: A vazão indica a quantidade de líquido que precisa ser movimentada em um determinado período de tempo, sendo geralmente medida em metros cúbicos por hora (m³/h), litros por hora (l/h) ou litros por minuto (l/min). Esse dado é crucial para determinar o volume de água que será transportado de forma eficiente.
  • Sucção: A sucção se refere à altura da tubulação que capta a água. No caso de um poço, a altura de sucção geralmente coincide com o comprimento da tubulação, já que a tubulação segue uma linha reta vertical.
  • Altura manométrica total: Este conceito engloba a soma de vários fatores: altura de recalque, altura de sucção, perdas ao longo do comprimento da tubulação, tipo de tubulação e as conexões utilizadas. Assim como outros conceitos, a unidade de medida também é m.c.a., e ela é essencial para calcular o desempenho geral da motobomba em diferentes situações de uso.

Manutenção e cuidados essenciais

A manutenção adequada e os cuidados essenciais são fundamentais para garantir o bom funcionamento e a durabilidade das motobombas. Seguir alguns procedimentos simples pode evitar problemas e aumentar a eficiência do equipamento. Confira as principais dicas:

  1. Verificações regulares: Faça inspeções frequentes no equipamento, checando o estado da bomba, mangueiras e conexões. Preste atenção em vazamentos, desgastes ou sinais de corrosão, pois esses fatores podem comprometer o desempenho da motobomba.
  2. Limpeza periódica: Limpe a motobomba regularmente, removendo sujeira, detritos e resíduos que possam se acumular. Filtros sujos ou obstruções podem reduzir a eficiência e, em casos graves, danificar o motor.
  3. Lubrificação: Mantenha as partes móveis devidamente lubrificadas, conforme as recomendações do fabricante. Isso ajuda a reduzir o atrito e o desgaste prematuro das peças.
  4. Armazenamento adequado: Quando a motobomba não estiver em uso, armazene-a em um local seco e protegido de intempéries. Isso evita danos causados pela exposição ao clima, como umidade e corrosão.
  5. Substituição de peças desgastadas: Caso identifique peças desgastadas, como vedantes ou rotores, realize a substituição o mais rápido possível. O uso de peças danificadas pode causar falhas no sistema.
  6. Uso adequado: Utilize a motobomba de acordo com suas especificações. Evite sobrecarregar o equipamento, e sempre confira se está sendo usada para o tipo de líquido e pressão indicados.

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